As linhas de Baiano, Boiadeiro,
Malandro e Marinheiro são linhas que trabalham com quebra de demandas,
são chamados de Híbridos pois podem andar entre os planos da Direita e
da Esquerda sempre a serviço dos divinos Orixás.
Essas entidades possuem
suas características individuais pertencentes as suas linhas e não
possuem dependências entre si, trabalham tanto sozinhos como junto de
outras linhas.
A grande diferença entre eles e os Exús e
Pombas Giras na "limpeza" das demandas feitas, é que eles trabalham os
espíritos obsessores, os chamados Eguns, de forma diferente, eles dão a
chance de evolução a esse espírito perturbado afim dele começar sua
caminhada em direção do bem, ou seja, essas entidades tentam dar uma
última chance desses espíritos serem doutrinados.
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E mesmo sendo uma gira com muito trabalho
de desmancho de demanda e quebras de energias negativas, essa gira
consegue ser extremamente leve e divertida tanto para os médiuns que
trabalham incorporados quanto para os assistidos, e o segredo é que eles
trabalham numa corrente harmoniosa com muitas brincadeiras e
descontração!! Muitos terreiros não trabalham com essas linhas. Alguns por não terem disponibilidade de dias de trabalho suficiente e acabam fazendo giras esporádicas ou abrindo espaço para essas entidades em outra gira de acordo com a necessidade delas de trabalho, outros por falta de "intimidade" com essas entidades e muitos por falta de conhecimento. |
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Por onde eu passo, não tenho inimigos. Por onde entro, sou bem recebido. Estou sempre sorrindo, sempre disposto a uma boa conversa e a ajudar no que for preciso, sem dar mais do que posso dar em todos os sentidos. Sou amor, sou bem vivido, aprendo rápido, não apresso meus passos. Sou o que sou, mas mudo se for necessário, sou maleável, nunca corruptível. Sou malandro, não marginal, sou terreiro, templo, sou imortal.
ZÉ PILINTRA
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Bastante considerado, especialmente entre os umbandistas, como o espírito patrono dos bares, locais de jogo e sarjetas,
embora não alinhado com entidades de cunho negativo, é uma espécie de transcrição arquetípica do "malandro".
No seu modo de vestir, bastante típico,
Zé Pelintra é representado trajando terno completo na cor branca, sapatos de cromo, gravata grená ou vermelha e chapéu panamá de fita vermelha ou preta.
Contam que nasceu no povoado de Bodocó, sertão pernambucano, próximo a cidadezinha de Exu. Fugindo da terrível seca que assolava a cidade a família de José dos Anjos rumou para Recife em busca de uma melhor vida, mas o menino aos 3 anos perdeu a mãe.
Cresceu, então, no meio da malandragem, dormindo no cais do porto e sendo menino de recados de prostitutas. Sua estatura alta e forte granjeou o respeito dos circunstantes. Sua morte seria um mistério.
Aos 41 anos foi encontrado morto sem nenhum vestígio de ferimento.
Uma outra versão do mito alude a José Gomes da Silva, nascido no interior de Pernambuco, um negro forte e ágil, grande jogador e bebedor, mulherengo e brigão.
Manejava uma faca como ninguém, e enfrentá-lo numa briga era o mesmo que assinar o atestado de óbito.
Os policiais já sabiam do perigo que ele representava. Dificilmente encaravam-no sozinhos, sempre em grupo e mesmo assim não tinham a certeza de não saírem bastante prejudicados das pendengas em que se envolviam.
Não era mal de coração, muito pelo contrário, era bom, principalmente com as mulheres, as quais tratava como rainhas.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
PORQUE ELES VÊM JUNTOS?
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